Morrighan (ou Morrigan, Morgan, Morgause, Morgeian, Morgan LeFay, the Morigu, Morgaine e também Morgana) é uma das deusas mais veneradas pelo povo celta, não no quesito de deusas mais veneradas, mas sim de todo o panteão celta.
Morrighan, tem várias possibilidades de tradução para as línguas atuais; tais delas podem ser traduzidas como "Terror", "Rainha Fantasma" e até mesmo "Grande Rainha". Em semelhança com demais panteões politeístas, Morrighan não possuí uma imagem equivalente; tal como Dagda que pode ser assemelhado à Zeus e Odin (ambos reis divinos), Morrighan em uma comparação com o panteão grego, poderia ser considerada como Alecto (Terror), uma das 3 Fúrias, assim como as Valquírias nórdicas e muitas outras.
Atributos divinos:
Morrighan se assemelha com os demais deuses celtas, não possuem vários atributos, possui apenas alguns específicos cujos deuses não podem possuir semelhante.
Morrighan é deusa principalmente da guerra, não a guerra selvagem ou apenas para banho de sangue; mas a guerra por motivos os quais os celtas morriam para tê-los, tais como liberdade, expressão e até mesmo revolução; ela também é a deusa que guarda os portões entre o mundo dos vivos e dos espíritos.
Papel fundamental na sociedade celta:
Morrighan era a deusa primordial dos celtas, estando em mesmo nível que Dagda, sendo também sua esposa.
Como o povo celta não via diferenças sociais entre homens e mulheres, ela era muito venerada e respeitada, seja por homens ou mulheres (pois ambos lutavam em guerras) e também por serem guerreiros natos, ela acabava por se destacar no panteão.
Morrighan sempre participava das lutas, mas guiava apenas aquelas que possuíam um motivo decente além do banho de sangue. Durante as batalhas, dividia o seu tempo entre mutilar inimigos e resgatar as almas dos mortos; quando um guerreiro morria durante uma batalha, ela o levava em sua carruagem. Quando a batalha terminava, ela leva estes espíritos até o mundo espiritual. Quando as pessoas morriam fora das guerras, ela enviava seus servos para resgatar o espírito, tais servos eram os corvos.
Como era representada?
Morrighan era raramente descrita como uma mulher bela, de seios fartos e etc.; isso ocorre pelo fato de os celtas acreditarem que tais descrições para mulheres que escolhiam a vida de guerra era desrespeitosa. Mas alguns relatos a demonstravam como moça de face tranquila e jovem quando em descanso, durante as guerras, sua feição era ocupada pela brutalidade e seriedade; cabelos longos e flamejantes.
PS: É comum celtas se referirem aos ruivos como "cabelos de fogo".
Por que os corvos?
Os corvos sempre foram ligados à mudança do plano físico e espiritual. Várias sociedades acreditavam que os corvos podiam fazer a viagem sempre que desejassem (apenas com motivos).
Acredita-se que os corvos carregam a alma em seus bicos e a levam para a vida pós-morte. Há também a crença de que quando um corvo se encontra em uma residência várias horas por dia e/ou vários dias seguidos, é para alertar os residentes de que um ente querido faleceu ou falecerá.
Tal misticismo envolto nestas aves levaram Morrighan a tê-los como servos e até mesmo como aves de estimação; além de ela poder se tranformar em um corvo quando quisesse apenas observar as batalhas.
Objetos mágicos:
Morrighan abriu mão de qualquer objeto mágico, seja uma arma ou outro; ela fez tal decisão por ser imortal por natureza. Ao contrário dos demais deuses, ela não necessita tomar a poção da vida eterna anualmente para se manter jovem e forte.
Imortalidade:
Morrighan é a deusa tríplice que até os dias de hoje possuem aízes muito fortes (principalmente na Wicca). Quando jovem, se casou com Dagda já velho e pela opção dele de não beber a poção da imortalidade, ela não queria ver seu amor morrer e viver apenas no plano espiritual; por amor, ela se deitou com seu esposo e abrigou ali a semente do deus, em seu ventre.
Dagda vem a falecer e Morrighan começa a gerar o bebê dentro de si mesma, através de seu poder, ela resgata a alma do marido e a abriga no próprio filho. Quando o bebê nasce, Dagda renasce através da própria esposa e pelo próprio filho.
Morrighan se divide ao longo da vida como 3 mulheres, 3 faces, a trindade perfeita. Quando jovem, é a virgem, mais velha, é a mãe de seu marido e filho, quando mais velha, se dedica somente à guerra; quando vem a falecer, renasce por atarvessar os portões espirituais e retorna ao nosso mundo novamente como garota jovem e bela; tendo seu ciclo reiniciado.
Na atualidade:
Morrighan é muito enraizada na Wicca, visada principalmente pela força feminina, o renascer, a vida pós morte e principalmente a liberdade de corpo e espírito.
Alguns historiadores também ligam a deusa com a rainha picta (do povo picto) Boudica, que liderou o povo celta contra o império romano em busca de liberdade; sendo ela uma grande figura revolucionária libertadora, sendo ela quem varreu o império romano das terras inglesas e irlandesas.
Abraços enormes e uma ótima Quinta para todos!
Escrito por Felipe M.
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