Aleluia!!! O meu blogger voltou a funcionar!!!
Pessoal, me desculpem a ausência, mas meu blogger não conseguia abrir a seção "postagem" desde Segunda; mas cá estou novamente!
Ontem, li uma publicação de minha amiga Laura (Humor negro sem censura) sobre ditadura religiosa cristã no Brasil.
Bom, é o seguinte, no dia 4 de Julho, entrou em vigor uma lei no estado do Rio de Janeiro que obriga as bibliotecas a possuírem no mínimo um exemplar da bíblia.
De fato, Edson Albertassi, deputado do PMDB criou a lei e as bibliotecas e acervos que não possuírem um exemplar da bíblia pagarão uma quantia de R$2130,00; caso seja por reincidência, o valor virá a dobrar. Como reforço ele diz:
“A intenção é que as novas gerações conheçam a Bíblia. Ela proporciona a formação de caráter com nível de excelência”
Agora vamos aos detalhes; para início de conversa, o deputado é diácono da igreja Assembléia de Deus, evangélico e se explica com: “O Brasil é um país cristão, e a Bíblia valoriza a família e os princípios de uma sociedade mais justa”.
Caros leitores e leitoras, peço meu perdão caso sejam evangélicos e/ou apoiem a lei do deputado, mas serei sincero:
Ele é um grandissíssimo de um racista preconceituoso religioso. Reforço o "racista"; esta lei pode demonstrar algo que muitos não conseguirão enxergar, pois está muito fundo para ser visto sem análises repetidas.
O Brasil, sempre foi considerado um país laico, ou seja, um país onde o governo se desvincula de religião; esta lei (estúpida por sinal) quebra esta liberdade, a bíblia pode ser sim um livro, mas é um livro religioso. As bibliotecas devem escolher se terão exemplar deste livro ou não; impor um livro para as pessoas é uma forte opressão que pode se tornar algo muito pior (lembram-se do nosso amado Vargas?).
O deputado Edson foi infeliz em muitos aspectos aprovando esta lei:
1- Juntar religião com governo e quebrar o voto "laico"
2- Racista para outras religiões por incitar tal lei
3- Ele diz que a bíblia forma caráter com nível de excelência para aqueles que o lêem e valoriza a família, etc
4- Dizer que o Brasil é um país cristão
Analisemos o 3º e 4º item; a bíblia não gera caráter, muito menos valoriza a família da forma que o deputado expõe. A pessoa deve estar disposta a analisar a bíblia e retirar o que ela diz como um ensinamento; pessoas descrentes não perceberão muitos valores, no meu caso por exemplo (e o de muitos outros que já vi e conheço) a bíblia cita algumas desvirtuações de valores (encesto, traição, etc).
Concordo que existem elas e elas, a bíblia pode não ser meu livro predileto, ou que me atraia, mas concerteza os salmos sã algo de que não abrimos mão aqui em casa, o resto nos é descartável, entretanto, se a pessoa estiver disposta de levá-lo como ensinamentos e guia espiritual, funcionará; mas, e quanto ao Alcorão, os Sutras e todos os outros livros religiosos existentes? Eles não ensinam a pessoa a ser melhor? Não valorizam a família? Muito pelo contrário, exercem exatamente o mesmo que a bíblia.
Quanto ao Brasil ser cristão, grande porcentagem populacional se encontra entre o Candomblé e a Umbanda, e estas duas são as que mais chamam atenção no exterior, especialmente em países europeus.
Afirmar que o Brasil é cristão, afirma que corretos são os cristãos; isso me soa como ofensa e ataque a minha liberdade de expressão e religiosa.
Nascemos livres para fazermos o que desejamos, seguirmos quem desejamos e pensarmos o que desejamos; ateus, politeístas, duo-teístas, judeus, budistas e todos os outros que seguem as mais diversas religiões, deve-se abrir os olhos pois se uma lei tão ofensiva como esta é aceita e entra em vigor, o que mais eles não farão? Voltarão a caçar os hereges e jogá-los em fogueiras da Inquisição?
Grato pela atenção, desculpem-me pela ausência e pelo meu rápido descontrole quanto o assunto e grato também a Laura, cuja publicação me trouxe a notícia.
Abraços enormes e bom fim de semana!
Escrito por Felipe M.
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