Novo por aqui?

Aqui você encontra tudo para seus caminhos e filosofias mágicas ou de aprendizado! Junte-se a nós e vamos crescer juntos!

Resident Evil

Olá pessoas!!! Tudo bem com vocês?
Bom, seguindo um comentário de um colega, vou começar a postar dicas de jogos, é claro que não há um público alvo, quem estiver interessado e se dispor de tempo, tentem dar uma "experimentada" nestas dicas! (assim como filmes e livros)
A dica inicial deve ser feita em grande escala, e nada melhor do que citar um jogo de uma série mundialmente famosa, seja em jogos, gibis, livros, bonecos e até mesmo filmes; Resident Evil!
A série é realmente fabulosa e com um enredo que captura o jogador e a tensão não se concentra no personagem, e sim em você. Este jogo é o primeiro da série, e em minha opinião, o mais assustador de todos da série.
O jogo conta a história de especificamente dois personagens principais, Jill Valentine e Chris Redfield, ambos integrantes do grupo S.T.A.R.S (Special Tatics And Rescue Services - Esquadrão de Táticas Especiais e Resgate), o grupo é enviado em uma missão onde uma mansão, localizada nas florestas da cidade de Raccoon City, se tornou palco de assassinatos bizarros praticados possivelmente por um grupo de dez pessoas, contando em pauta, práticas de canibalismo.
Após algum tempo, a segunda equipe é enviada para resgatar a primeira (são apenas duas equipes) a qual perdeu contato com a base. Então, é ai que você inicia o jogo, escolhendo entre Jill ou Chris.
Dentro da mansão, você deve procurar por sobreviventes, procurar pelo seu grupo desaparecido, descobrir o motivo do ocorrido no local e o principal... Manter-se vivo em toda a jornada!

Diferenças entre Jill e Chris:
De início, apesar de o jogo ser o mesmo, a história muda conforme o personagem o qual você escolhe.
Jill tem como pontos positivos a facilidade para se abrir algumas portas trancadas, possui ajuda de seu companheiro Barry em grande parte do jogo, as armas são encontradas com facilidade e são de alta potência e os puzzles (quebra-cabeças) são muito mais simples. Tem como ponto negativo o fato de possuir pouca resistência física e quando sem munição, a utilização de faca de sobrevivência é quase inútil, se tornando alvo fácil.
Chris por sua vez, é ágil, possui grande resistência física, a faca de sobrevivência é uma arma até que útil em alguns momentos e com armas, sua mira é ótima, com grandes chances de matar inimigos em um único tiro.
Entretanto, os puzzles são mais demorados e a dificuldade levemente aumentada, as armas são encontradas com dificuldade e de potência mais baixa (salvo exceções) e em muitos momentos o qual Jill recebe ajuda, Chris deve agir sozinho, o que leva jogadores inexperientes a morte rápida.

Qual versão é melhor?
O jogo conta com duas versões diferentes, a de Playstation 1 e outros consoles de mesma potência possui uma ótima história e é realmente muito empolgante de se jogar.
A versão mais recente, para Nintendo Wii e GameCube, possui basicamente o mesmo enredo, entretanto conta com gráficos muito mais detalhados, algumas mudanças no mapa da mansão e outras partes do jogo, além de dados e partes extras na história.
Não só joguei as duas versões, assim como eu tenho as duas, entretanto, a IA (Inteligência Artificial) da versão mais recente é muito melhor e os gráficos detalhados te envolvem em uma ótima dose de suspense e terror. Claro que, a acessibilidade é o que impera para a pessoa em jogar ambas as versões.

Dicas rápidas para iniciantes:
Em primeiro lugar, ao jogar pela primeira vez, jogue com a Jill. Apesar de possuir pouca munição no início do jogo, ao decorrer da história, a munição se torna até que abundante.
Jill possui ajuda de Barry em alguns momentos e estes momentos são decididos de acordo com o caminho que você escolhe para pesquisar a mansão, dando várias possibilidades de conversas.
Na versão mais atual, evite matar os inimigos humanos, pois eles poderão (e com certeza se tornarão) um problema muito grave se você não possuir muitas munições e itens médicos.
Evite ficar em um local por muito tempo, eles irão trafegar de um cômodo para outro com facilidade; você saberá quando algum deles chegar pelo som de batidas frequentes nas portas.
Poupe munições de armas como shotgun e magnum para inimigos mais fortes ou para momentos que necessitar urgentemente de vida.
Com Chris, a dificuldade aumenta em um bom nível, mesmo finalizando o jogo com a Jill 3 vezes em cada versão, ainda não consegui finalizar com Chris (posso ser ruim); ele inicia o jogo apenas com uma faca e apenas encontrará uma pistola com 15 tiros após o primeiro inimigo.

Enredo: Excelente
Tempo médio de jogo: mínimo de 3 horas até superiores a 5 horas (depende do jogador)
Dificuldade: Boa, alguns momentos poderiam ser mais fáceis.
IA: Ótima
Trilha sonora: Excelente
Gráficos: Excelente
Plataformas: Nintendo Wii, GameCube, Playstation One, Nintendo 64, GameBoy, PC
Nota: 9,5

Tenham um bom jogo e uma ótima Quarta-Feira!!!
Escrito por Felipe M.

Hera, grande deusa e esposa

Hera (para os gregos), Juno (para os romanos) é uma deusa olímpica não possuidora de um dos 12 tronos divinos. Pertence aos grandes seis, irmã de Héstia, Deméter, Hades, Poseidon e Zeus; filhos do titã Cronos com a titã Réia.
Foi engolida por seu pai após o nascimento e salva por Zeus; Hera era uma a deusa altamente venerada pelas mulheres, além de suas irmãs, ela era a deusa superior. Casou-se com Zeus e com ele possuiu alguns filhos, entretanto, ela adquiriu algumas personalidades de Gaia (sua avó); dentre elas, estava o desejo de vingança e a força com qual os realizava, nunca se cansando de perseguir as amantes de seus maridos e os filhos "bastardos".
Zeus sempre manteve relações extraconjugais quando casado com Hera. Todas as histórias a qual Hera é citada, ela sempre está caçando as amantes de seu marido e sempre planejando uma forma de matar as crianças nascidas do relacionamento proibido, uma das curiosidades é de que, apesar de todos seus esforços, as crianças sempre sobreviviam de sua fúria, seja por "sorte" ou pela ajuda de outro deus (ou deusa).
Atributos de Hera:
Hera é a deusa do casamento, da família, protetora das mulheres casadas, da maternidade, representação feminina do céu, personificação do ódio e do ciúme e inicialmente, deusa da beleza.
Como era representada?
Assim como suas irmãs, nunca era representada nua. Possuía sempre uma túnica cobrindo seu corpo, algumas vezes, se encontrava com os seios à mostra. Muitas vezes sentada em algum trono e com uma coroa igual à de suas irmãs, porém, feita de ouro.
O pavão, a vaca e a romã eram seus símbolos, pois representam respectivamente a orgulho e vaidade, prosperidade e por fim, a abundância e fertilidade.
Templos de Hera:
Hera possuiu ao todo, sete templos em todo o território grego. O mais importante era o da região de Olímpia. O templo possuía uma estátua da deusa sentada em um trono, e em escala bem menor, Zeus sendo representado como um guerreiro.
Algumas histórias contam que Hera o escolheu como parceiro, não havendo uma suposta escolha vinda da parte de Zeus; onde muitas histórias contam como se ele houvesse escolhido ela como esposa.
Hera e Afrodite:
Hera, uma das três primeiras deusas, foi considerada a deusa da beleza. Quando Afrodite nasceu, o título de mais bela foi entregue a jovem deusa; por este motivo, Afrodite é a maior rival de Hera, tanto por ser deusa gerada da traição de Zeus, assim como por ter retirado o título de mais bela.
Hera e Hermes:
Hermes sem dúvida alguma é o único deus que não sofreu nenhum tipo de ataque de Hera. Quando nasceu, Hera se vingou de sua mãe, mas notou que o jovem deus era especial; ela então o aceitou como filho, o tratava de forma que nenhum outro gerado pela traição de Zeus, entretanto, alguns historiadores afirmam que este "cuidado" era devido à interesses da deusa. Pela velocidade de Hermes, ele poderia vistoriar qualquer relação de Zeus e avisar rapidamente Hera sobre o ocorrido, mas para isso, era necessário que ele a amasse como mãe, e ela, por sua vez, tratá-lo como filho.
Hera e Hefesto:
Hefesto é um dos poucos filhos de Hera. Por ela ser deusa da beleza (ainda nesta época), não suportava que seu filho não fosse extremamente belo e perfeito; assim, ela o atirou para fora do Olimpo.
Quando Hefesto cresceu, se incumbiu de criar doze tronos de supremo poder para doze deuses olímpicos, entretanto, ele criou um 13° trono, este destinado a sua mãe. Uma armadilha a qual apenas ele poderia desarmar. Pelo despero de ficar aprisionada pela eternidade, a deusa se redimiu dos atos que havia feito com ele e implorou para que a libertasse, atacando diretamente o orgulho que ela tinha.
Significados para sua aparição para humanos:
Hera detestava descer do Olimpo e se misturar com os humanos, quando descia, se cobria totalmente, deixando apenas seus olhos à mostra, para que nenhum homem se apaixonasse por sua beleza, afinal, ela era casada.
Quando surgia para um homem, ele seria dotado de ciúmes e raiva amorosa, muitas vezes doentia.
Quando surgia para uma mulher, significaria que ela havia sido abençoada e seria ótima esposa e mãe.
Hera nos dias atuais:
Hera novamente é venerada por rituais pagãos, sendo venerada principalmente por mulheres casadas, em pedido de ser uma boa esposa e mãe.
Evocada nos casamentos e para a benção do casal e principalmente da mulher.
Tenham uma ótima Segunda-Feira e que Hera abençoe a todas as mulheres e suas crianças!
 Escrito por Felipe M.

Declaração!

Olá pessoas! Tudo bem?
Bom, hoje vou postar algo que é muito importante para mim, finalmente ouvi o cantar da sereia da paixão!!! Após muito procurar, eu escutei quando pensei que nunca mais encontraria.
C., eu te amo; com todas as letras do alfabeto e com todas as forças que um sentimento puro pode ter.
Eu sei que você se envergonha quando eu digo isso, pois eu também tenho vergonha quando você diz isso para mim; mas é uma vergonha boa, uma vergonha entre amantes.
Não sei o que eu seria sem você, sem suas conversas, sem a sua existência. Muitos dizem que o cavalheirismo é algo inexistente nos dias de hoje, mas eu sou a prova viva de que um homem pode ser um cavalheiro. Como já te disse, serei um bardo trovador que cruzará os sete mares para contar histórias sobre sua existência, serei sempre um cavaleiro, que te acompanhará em qualquer lugar e te protegerá dos males.
Serei gentil e nobre com você, pois em suas mãos, está o meu coração. Não sinto falta dele, pois sei que ele está ao lado do seu, unidos por um sentimento, uma única paixão.
Se duvida de minhas palavras, eu desceria até o mais profundo nível do Tártaro para te resgatar, te levaria a mais alta montanha em minhas costas para que possamos assistir o mais belo pôr do Sol, te amaria noite após noite assim como eu te amo dia após dia.
C., palavras não traduzem um sentimento como esse, entretanto, são o início para uma bela demonstração. Como dizem, cada momento da vida é uma página que viramos no livro intitulado "Minha vida", mas o meu terminou justamente no capítulo em que te conheci; agora, um novo livro se inicia e o título é o seu nome, belo assim como seu rosto, esculpido no mais frágil mármore.
Eu te amo minha coisa fofa!!!!
Escrito por Felipe M.

Neve em São Paulo!

Olá caros Baúnautas, como estão?
Estava postando aqui (o qual postarei amanhã) e simplesmente fiquei embasbacado; no jornal, acabou de mostrar que em São Paulo, na região de Guarulhos, houve algo fenomenal... Neve.
Aviso para quem trabalha e visualiza este blog (se é que isso acontece) e mora na pela região ou deve passar pela região para chegar em casa, tome o máximo de cuidado com o gelo na pista.
Sempre pensei que algo desses iria demorar para acontecer, mas assim, tão rápido!
Dados atuais da CET, 150KM de lentidão.
Repitindo, muito cuidado ao passar pela região. Postarei algo a mais caso venha a ver algo mais.
Escrito por Felipe M.

Perséfone, advogada nossa

Proserpine ou Proserpina (para os gregos), Core (para os romanos) é esposa de Hades, filha de Deméter e Zeus.
Portadora de grande beleza, assim como Afrodite, encantava muitos pretendentes; sua mãe agia sempre com muita superproteção e sempre a observava.
Quando conseguiu a permissão para conhecer a Terra, se sentiu maravilhada com o que aqui existia; cansada, se deitou e dormiu; neste momento, o solo abriu uma fenda e de lá surgiu Hades, emergindo do submundo e a raptou.
Quando acordou, se encontrava nos domínios de Hades; ele tentou acalmá-la de várias maneiras, mas ela relutava para fugir do local; ele então esperou que a jovem sentisse fome e comesse algo de seu banquete. O banquete de Hades era proibido para qualquer ser, mortal ou não, aquele o comesse teria terrível fim; quando Proserpine sentiu fome, Hades lhe ofereceu uma romã para saciar a fome. A deusa comeu várias romãs, com isso, ela adquiriu todos os segredos do submundo e sobre a morte.
Após algum tempo, sua mãe chegou ao submundo junto à Hermes, sua mãe ferozmente defendeu a filha e a levou de volta ao Olimpo. Proserpine estava diferente, em seus modos e atitudes, Deméter então descobriu que sua filha havia comido do banquete de Hades e deveria viver no submundo; em um acordo, Deméter aceitou que a filha fosse ao submundo, mas que ela voltasse para o Olimpo durante metade do ano; Hades aceitou e em troca pediu a jovem em casamento.
Hermes havia se apaixonado pela beleza de Proserpine e logo iniciaram um relacionamento, quando ele ia se casar com ela, Deméter interferiu e a entregou a Hades, mesmo não gostando que sua filha vivesse com ele, ela deveria manter o acordo e além de tudo, é deusa das leis; aceitando o casamento da filha e de Hermes, estaria indo contra os próprios ideais; entretanto, Hermes sempre tentava resgatar a amada.
No submundo, Proserpine devia agir diferente, com punhos de ferro, assim como seu marido; afinal, agora era rainha dos mortos e do submundo. Sempre que descia ao submundo, era chamada de Pérsefone, e assim reinava até voltar para o Olimpo. Com Hades, deu a luz a Macária, deusa da boa morte.
Atributos da deusa:
Proserpine: deusa da agricultura, junto com Deméter.
Perséfone: deusa da morte e rainha do submundo, protetora das trevas e guardiã dos segredos e mistérios do submundo.
Como era representada?
Maior parte de suas representações é encontrada vestida, ou então nua (menos comum).
Sempre de grande beleza e algumas vezes, segura uma romã, representando Proserpina ou sentada em um trono segurando fumo negro, representando Perséfone.
Advogada dos mortos:
Perséfone nunca aceitou o casamento com Hades, entretanto, era obrigada a se sentar no trono pelo fato de ter se alimentado da romã e se casado com ele.
Apesar de ser deusa da morte e rainha do submundo, sempre ajudava os espíritos recém-chegados. Para não serem mandado ao Tártaro, ela se opunha ao marido e atuava como advogada do espírito, salvando muitos do sofrimento eterno.
Além de ajudar os espíritos, ela ajudava os vivos que se aventuravam no submundo. Quando Orfeu desceu ao submundo em procura de sua esposa falecida, ele queria voltar ao mundo dos vivos, mas Hades não aceitava esse retorno; ela pediu então que Orfeu tocasse sua música, ao tocá-la, Perséfone alegou que havia sido alegrada e que os mortais precisariam dele para possuírem alguma alegria enquanto vivos. Hades aceitou que Orfeu voltasse pelo fato de ter agradado sua amada esposa.
Perséfone e Afrodite:
Perséfone ou Proserpina era detentora de grande beleza física. Afrodite possuía inveja da beleza da deusa, porém, quando recebeu o título de mais bela entre as deusas, Perséfone guardou parte de sua beleza dentro de uma caixa para que não fosse comparada a Afrodite, e esta caixa era mantida no submundo.
Casal sem brigas divinas:
Perséfone e Hades eram um dos casais de deuses de alto poder e "fama" que possuiram menos brigas de relacionamento.
Perséfone passou a amar Hades, entretanto possuía Adônis (o homem mais belo) como seu amante. O seu amor por Hades sempre era maior.
Uma única vez que Hades tentou a trair, Perséfone descobriu. Ele se sentiu atraído com a ninfa Menthe, Perséfone por sua vez, transformou a ninfa em flor e fez com que brotasse as margens do Estígie.
Perséfone e a idéia de reencarnação:
Com o mito de Perséfone, os gregos iniciaram idéias de que o espírito dos que morrem vagam por algum tempo no submundo e após um determinado tempo, estes espíritos reencarnavam, totalmente diferentes da vida anterior; com apenas alguns traços da vida anterior.
A idéia de vida pós morte e reencarnação foi adotada em muitas outras religiões, principalmente pagãs.
Rituais para a deusa:
Suas comemorações eram feitas nos dias 31 de Maio e as pessoas sempre pediam uma passagem tranquila para o lado dos mortos, que a estadia no submundo não fosse assustadora e que ela protegesse suas almas.
Eram entregues oferendas e banquetes a deusa e com ela, surgiram os funerais, que foram se aprimorando até os que conhecemos hoje.
Perséfone nos dias atuais:
Perséfone é mais relembrada do que sua forma como Proserpine, entretanto, novamente recebe oferendas e rituais feitos em sua homenagem e sempre em pedidos de uma morte tranquila e proteção para o espírito quando desencarnado.
A seção de mitologia de hoje se despede com um grande abraço e que Perséfone lhes proteja o espírito e seja a advogada que nós necessitamos no outro lado.

Deméter, Grande Mãe

Deméter ou Demétra (para os gregos), Ceres (para os romanos) é uma deusa olímpica, não possui um dos doze tronos de poder; entretanto, a deusa mais venerada em toda a Grécia.
Pertencente aos grandes seis, filha de Cronos e Réia, irmã de Héstia, Hera, Poseidon, Hades e Zeus.
Para contar sua história, devemos primeiro saber quais seus atributos.
Atributos de Deméter:
É a deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. Deusa da própria agricultura e colheita, considerada muitas vezes como deusa protetora do casamento e das leis sagradas.
História de Deméter:
Deméter ao ser resgatada por Zeus de dentro do estômago de seu pai Cronos, decidiu fertilizar a terra, que se encontrava assolada após as batalhas entre deuses e titãs. Ela dava à terra a fertilidade e a possibilidade do sustento aos homens, e estes, poderiam cultivar a agricultura neste solo de forma que não ficassem sem nenhum alimento.
Ela sofria de várias tentativas de abuso de seu irmão Poseidon, ele a desejava e a queria; por sua vez, Deméter se transfigurou em uma égua para se esconder de seu irmão. Poseidon logo descobriu o disfarce da irmã e se transfigurou em um cavalo e a fecundou, desta relação, nasceu o jovem Árion (poeta lírico grego, de origem duvidosa entre realidade e mitologia). Árion foi criado como humano e Apollo jurou em dar ao jovem o dom da voz e da canção lírica.
Deméter possui alguns relacionamentos com humanos, o mais importante foi com Iáson, o qual gerou o jovem Pluto, que foi ligado à riqueza e a abundância.
Em um relacionamento com Zeus, engravidou e deu a luz a jovem Proserpina (ou Core). A deusa era sempre observada por sua mãe e era superprotegida; certa vez, Deméter possibilitou a visita de Proserpina até a Terra, lugar onde a jovem jamais havia ido.
Proserpina estava deslumbrada com a visão da Terra, após algum tempo, se deitou e adormeceu; momento o qual a terra abriu uma fenda e possibilitou a passagem de Hades para capturar a deusa.
Deméter notou o desaparecimento da filha e desesperada desceu do Olimpo, por vários meses, a deusa não cessou sua busca; jamais se deitou para descansar e jamais parou para se alimentar. Procurou por todo o mundo e nunca a encontrou, até que a ninfa Ciana contou sobre o ocorrido; em um acesso de fúria, Deméter amaldiçoou a terra:
"Terra ingrata e solo maldito, eu o salvei da devastação e lhe dei minha fertilidade. Por anos lhe dei a força para germinar os grãos e as sementes e te abres para o rapto iminente de minha filha? A partir de agora, não mais gozará de minha generosidade!"
Desta forma, o solo se tornou infértil, plantações foram destruídas, plantas secaram e o gado morreu pela fome. A população grega, que se encontrava já em grande quantidade se deparou com a fome e a dificuldade de cultivo dos alimentos, dado este momento para muitos historiadores como a 2ª Diáspora Grega.
Apollo assistia a tudo nos céus e temeu o extermínio de toda a população terrena, desceu a Terra e contou a Deméter que Hades havia aberto o solo de forma agressiva, não era intenção da terra de abrir para o rapto da jovem deusa.
Deméter, convencida por Apollo, devolveu a fertilidade ao solo e pediu ajuda de Zeus para salvar a filha.
"Irmão, tu que tens o controle sobre as ordens dos deuses, me ajude a salvar minha amada filha dos reinos de Hades."
Zeus se negou em ajudar, entretanto, pediu que Hermes guiasse Deméter no submundo até encontrarem Hades.
Hermes a guiou e quando encontraram Hades, Deméter se pôs agressivamente em defesa da filha para resgatá-la, Hades então aceitou que Proserpine voltasse com a mãe. No Olimpo, Deméter sentia sua filha diferente e perguntou se havia comido algo no submundo, e a filha respondeu que sim. Deméter sabia que, pelas ordens de Hades, quem se alimentasse de seu banquete deveria viver no submundo, e como é protetora das regras, não pode negar a morada da filha no submundo, mas como mãe, entrou em acordo com Hades, para que e filha vivesse no Olimpo metade de um ano e a outra metade no submundo; havendo um acordo, Hades se casou com Proserpine.
Como era representada?
Geralmente sentada em pedras, segurando tochas ou ,até mesmo algumas vezes, alguma serpente (que representa o poder feminino). Sempre com uma grande túnica encobrindo o corpo, na cabeça, algum véu ou tiara que se assemelha a uma coroa e algumas vezes, com um único seio à mostra ou parte dele.
Rituais para Deméter:
Démeter, por ser uma das mais antigas divindades, possuiu várias celebrações e por ser deusa da fertilidade agrária, sempre havia festas ao início de cada estação do ano.
As Tesmofórias eram celebrações feitas em gratidão pela última colheita bem sucedida. As Clóias eram feitas quando o verde do trigo encobria as plantações. As Talícias eram feitas ao início de cada colheita, e por fim, as Haloas, festas em homenagem a Deméter e Dionísio.
Sempre eram servidos enormes banquetes com frutas e grãos em homenagem a deusa, dentro de seus templos.
Surgimento das quatro estações do ano:
Deméter, após o acordo com Hades, decidiu que a Terra e os homens devessem compartilhar de suas emoções e sentimentos sobre o ocorrido com sua filha. Para isso, ela criou então quatro estações, as quais seriam definidas de forma que todos soubessem como ela se sentia.
Como Proserpine deveria voltar para o submundo uma vez ao ano, Deméter criou o Outono; onde as plantas se enfraqueceriam e suas folhas secariam, demonstrando a passagem da jovem deusa para o submundo.
O Inverno foi criado para demonstrar a tristeza e a solidão que Deméter encontrava longe de sua filha.
O Verão foi criado para que Apollo ficasse mais tempo em regência no céu, de forma que pudesse avistar Proserpine quando retornasse do submundo e demonstrava a luz que o deus deu a Deméter quando ela se sentia perdida.
Finalmente, a Primavera foi criada para demonstrar a volta de Proserpine e a alegria de Deméter pela volta da filha.
Deméter nos dias atuais:
A deusa está novamente sendo venerada em rituais pagãos através de agradecimentos e oferendas.
Atualmente, é muitas vezes chamada de Grande Mãe, nomeando Gaia como Grande Avó (o que não é muito comum, pois também recebe o título de Grande Mãe).
Muitas vezes é esquecida pelas pessoas por causa das poucas citações em contos mitológicos.
Desejo a todos uma ótima Sexta-Feira e que Deméter nos permita a plantação e o cultivo de nossa comida!

Finalmente livre!

Olá pessoal!!!
Finalmente, após nove meses de dores frequentes e muita preocupação, eu estou livre!!! Não, não é gravidez  (rs) nem algum problema de saúde; é que neste dia 16 eu fui definitivamente liberado do exército, agora sou apenas reservista!!!
Mas, eu me pergunto, por que tanta frescura para ter um efeito tão "insignificante" como o de hoje?
Passei quase um ano, nove meses para ser exato, preocupado se serviria ou não e meio que desnorteado pelas brincadeiras idiotas que as pessoas fazem. Alguns dias perdendo aulas importantes, outros perdendo o dia para no final pagar uma taxa de R$2,82. É um absurdo, se ainda o documento de reservista fosse como um cartão ou algo do gênero, "bonitinho" até passaria, mas depois de tudo, você recebe um pedaço de papel. Literalmente um papel, com uma foto 3X4 sua, seu nome e um selo em relevo. Um papel?! Uma simples folha A4 cortada na dimensão para dizer que é um documento, até o CPF é mais bonito, além disso, ainda é cartão eletrônico.
Bom, agradeço por quem me ajudou, seja de carne ou osso, ou não; finalmente posso me dar uma relaxada nesta parte!
PS: O maldito do papel é tão grande que nem na carteira ele cabe! (rs)
Enormes abraços.
 Escrito por Felipe M.

Novo link!

Olá pessoal, tudo bem?
Estou postando aqui rapidamente para avisar que abaixo da seção "Blogs Amigos" há um link para o blog "Pequenos Timotens".
Aconselho a todos para visitarem, a Nani e o Neto postam assuntos muito interessantes para serem vistos, eu por exemplo, estou sempre lá lendo os novos posts!
Bom, ai está o link e bom proveito!
Escrito por Felipe M.

Pintor ou gênio?

Pessoas que este post lê, como estão?
Hoje gostaria de demonstrar alguns trabalhos do pintor Kurt Wenner. Não conhece ele?
Bom, aqui no Brasil é muito difícil ouvir o nome dele, se é que já foi citado alguma vez (aposto que sim, em algum lugar); é conhecido em vários países pelas suas pinturas.
Nascido em Michigan e renomado por seus painéis e pinturas de rua; utiliza técnicas de projeção e perspectiva, dando dimensão 3D em suas pinturas e trazendo alto nível de realismo. Contando rapidamente sobre sua vida, ele se tornou artista gráfico aos dezesseis anos, trabalhou para a NASA em projetos de ilustrações espaciais; contratado por empresas públicas e privadas, além de algumas grandes personalidades, para a criação de suas obras; um pequeno detalhe, ele também é arquiteto.
Aqui eu me despeço e lhe deixo algumas obras para o prazer de sua visão!!!
Abraços.


Escrito por Felipe M.

Nosso Lar, o filme

Olá caros visitantes, como estão?
Hoje gostaria de dar a dica de um filme muito interessante, o filme em questão é o "Nosso Lar".
O filme é uma adaptação do livro de mesmo nome, o qual foi psicografado pelo nosso grande "amigo" Francisco Cândido Xavier (ou apenas Chico) e está pronto para ser visto nos cinemas.
O filme conta os relatos do espírito André Luís e a sua chegada ao lado espiritual, os desafios que ele encontra e os prazeres de se estar naquele lado.
O filme retrata o que acontece com os espíritos após a travessia do plano material para o espiritual, desde a estadia no Umbral (o qual no filme é definido muito superficialmente) e a saída dele até o Nosso Lar, contando como ele se sentiu em relação ao ocorrido, conversando com outros espíritos que lhe explicam o que se encontra daquele lado e muitos outros ensinamentos.
Devo admitir que não apenas quem segue o espiritismo deve assistir, mesmo para os céticos ou algo do gênero, o filme vale por si só.
Ano: 2010
Duração: 1 hora e 52 minutos
País: Brasil
Direção: Wagner de Assis
Elenco: Renato Prieto, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland
SOMENTE NOS CINEMAS

Minha opinião:
O filme é realmente espetacular, não somente pelo enredo e pelo fato de abordar o tema de forma séria e descontraída. É possível perceber que o cinema brasileiro está se recuperando de todo o atraso que sofreu na época das pornochanchadas; os efeitos especiais foram muito bem feitos e cada cena muito bem feita.
Evito falar muito para não transformar esta dica em um famoso "spoiler", entretanto, para aqueles que desejam assistir, tenham em mente que os relatos são reais, não são contos inventados, o filme é muito marcante. Até mesmo eu chorei várias vezes durante o filme, e aposto que quem estava no cinema, também chorou.

Bom, aqui o Baúzeiro se despede e lhes desejo um bom inicio de semana!
Escrito por Felipe M.

Não leve o filme Percy Jackson em total relevância!

Olá caros visitantes, como estão passando este Sábado maravilhoso?
Hoje, gostaria de falar sobre o filme Percy Jackson, não como um simples telespectador, mas como um telespectador que conhece sobre mitologia grega. Um colega meu, assistiu ao filme e de repente quis tentar se "converter" ao paganismo grego seguindo o que é mostrado no filme, detalhe, ele não sabe quase de nada sobre mitologia.
Quando eu disse para não considerar todos os dados do filme como sendo corretos, ele considerou estranho eu ter dito isso e me perguntou o porquê. Respeito que as pessoas gostem do filme (eu também gosto), que assisto e até mesmo o autor, vale lembrar que quem revive a mitologia nos dias atuais de maneira tão penetrante para os jovens e crianças (que muitos nem se interessam mais pelo assunto) é um gênio.
Bom, vamos primeiramente aos prós dos dados do filme.
-O fato de os três irmãos, Zeus, Poseidon e Hades viverem em certo nível de tensão e sempre preparados para a guerra entre eles é verídico; próprias representações gregas demonstravam isso.
-Apesar de ser uma rápida citação, o que é dito sobre Medusa, Athena e Poseidon está correto; Poseidon a violou dentro do templo de Athena, e a deusa como vingança, a transformou em criatura horrenda.
-A rivalidade entre Athena e Poseidon também está correta, entretanto, no filme existe um porém; para quem não conhece a história, dá a entender que as pessoas escolheram Athena sem a existência de nenhuma disputa entre os dois deuses.
-Ótima aparição da réplica do Parthenon (templo de Athena) localizado nos EUA, muitas pessoas não sabem da existência da réplica.
-Os efeitos especiais do filme, como a hidra, centauros e até mesmo o sátiro foram muito bem feitos.
Até aqui, está tudo bem, existem outras coisas que poderiam ser citadas para os prós do filme, entretanto, de qualquer forma os negativos pesam sobre a obra; aqui estão:
-Zeus cria uma lei que proíbe que todos os deuses tenham contato direto com seus descendentes semideuses, isso é algo impossível de acontecer. Zeus possuía vários filhos semideuses e sempre os ajudava de alguma forma, algumas vezes, aparecia para conversar com eles sobre os assuntos que eram necessários.
-Os contatos e relacionamentos entre os deuses e os mortais eram constantemente citados em suas histórias, muitos possuíam filhos na Terra, sejam deuses ou não. Entretanto, a existência do "acampamento" Meio-Sangue e a explicação de que existem "centenas de semideuses espalhados pelo mundo, e muito nem sabem do que são capazes" só me leva a crer uma coisa... (os deuses que me perdoem em citar algo tão rude)... os deuses gregos deste filme podem ser rotulados como ninfomaníacos e é claro, extremamente férteis, afinal, sempre geram um novo descendente.
-É impossível para um deus encontrar um semideus por causa do cheiro de outras pessoas que convivem com ele? Até hoje me pergunto, como cheira um semideus???? O fato dos deuses não saberem com exatidão a localização de determinado semideus (apenas o próprio pai pode saber sempre onde o filho está) até passa, mas eles são encontrados pelo cheiro?
-São citados como seres onipotentes, entretanto, como não sabiam da localização do raio de Zeus? Os deuses não eram onipotentes, até mesmo vários momentos das guerras olímpicas, muitos dos deuses sofreram emboscadas de titãs e não possuíam o conhecimento de que tal ato aconteceria.
-Um minotauro morre tão facilmente nas mãos de um "pirralho" que acabou de saber que era filho de um deus. Impossível, até mesmo Teseu, que já possuía conhecimentos de batalha teve dificuldades para matar o minotauro de Creta. Uma pequena chifrada em sua barriga já é possível matá-lo?
-As pérolas de Perséfone são algo que não posso comentar com exatidão, nunca ouvi falar sobre elas; entretanto, a fuga dos poucos que conseguiram fugir do submundo não foram realizadas por tais pérolas.
-Algo que me deixa sempre chateado é que Medusa parece ser a única das górgonas, seguindo cronologicamente o filme, ela já estaria morta. Por que não usar alguma de suas duas irmãs??? O efeito da cabeça decapitada ainda seria o mesmo.
-Ainda sobre Medusa, ela possui corpo humano, ainda é uma mulher bela.
-Zeus e seus irmãos esquartejaram Cronos??? Impossível, a morte de um titã pode ocorrer, entretanto, um titã ao nível de Cronos ser morto de tal forma é impossível.
-Não há nenhuma citação sobre Héstia, Hera e Deméter.
-Hades foi aprisionado no submundo por Zeus? Isso não ocorreu como o filme demonstra, foi um acordo entre os três irmãos que levou Hades ao submundo.
-O "Inferno", ou submundo, como deseja, no filme é demonstrado como um local de chamas perpétuas e totalmente flamejante. O que aconteceu com o rio Estígie? Um dos locais de maior importância para a mitologia grega, foi reduzida ao nada.
-O Barqueiro é mágico! Ele faz com que o barco dele consiga voar pelo submundo. Aliás, ele "trabalha" apenas no Estígie.
-Pobre Perséfone, uma deusa de vida sofrida pelo desejo da própria mãe foi retratada como uma traidora e tarada pelos "convidados imprevistos" do submundo. E além de tudo, consegue nocautear Hades, com uma arma a qual ela nunca estaria possibilitada em usar.
-Hades é retratado no filme com um visual muito estranho, causando estranheza até mesmo para os heróis. (penso eu que ele nunca se subordinaria a tal visual, enquanto Zeus e Poseidon se vestem até que bem).
-Hades é nocauteado por Perséfone. Ele possui controle sobre ela e é muito mais forte e não seria "derrubado" por um simples ato como aquele.
-Onde está o Cérbero? O guardião das almas foi reduzido a três cães infernais, pobre Cérbero.
-Retratam Hermes como um deus altamente capacitado para tarefas impossíveis. Eles usam o fato de Hermes sair do submundo sempre que deseja como algo que seria impossível; entretanto, o consenso dos deuses o tornou mensageiro. Por que aprisionar o seu mensageiro e nunca mais enviar mensagens quando necessário, ou até mesmo receber?
-Athena (e pelo que já imagino de Artemis também), ela possui filha(s). Onde isso é possível? Ela é uma das três únicas deusas as quais fizeram votos de castidade.
-Quiron diz que é raro o nascimento de um descendente direto de um dos três grandes irmãos. Zeus decidiu não mais trair Hera? Que bom!
-Já me chamaram de racista quando comentei sobre tal fato, entretanto não é racismo, é fidelidade. Na cena em que estão no Olimpo (o local foi muito bem feito), os deuses se encontram na sala dos tronos, onde são feitos os julgamentos, etc... mas por um rápido instante é possível perceber que um dos deuses tem um tom de pele bem escuro, igual a um afro-brasileiro. Acho legal o fato de contratarem para o filme, mas, um deus?
Se fosse levar em consideração esta parte, os deuses seriam apenas e exclusivamente caucasianos, mas notem, quantos semideuses possuem um tom de pele mais escuro? Estranho.
Bom, aí está o que eu pude notar no filme. É claro que devo admitir que é muito bem feito e eu gosto de assistir, nem tudo é perfeito, entretanto, as pessoas devem saber se as fontes são corretas; nem sempre um filme é 100% fiel ao assunto abordado.
Tenham um ótimo fim de Sábado!!!
Escrito por Felipe M.

Héstia, deusa pouco lembrada, deusa sempre presente

Héstia (para os gregos), Vesta (para os romanos) é uma das doze divindades olímpicas (originalmente) que possuem um trono de poder e uma das três primeiras deusas a existirem na história da mitologia grega.
Héstia é uma dos seis descendentes diretos de Cronos e Réia, irmã de Hera, Deméter, Hades, Poseidon e Zeus; ao nascer, foi engolida por seu pai e salva por Zeus.
Ela é uma das deusas cujo nome é pouco citado em toda a mitologia e por isso, acaba se tornando pouco lembrada ou até mesmo pouco conhecida pelas pessoas. Quando salva por Zeus, decidiu que coordenaria e tomaria para si, todo e qualquer cuidado referente a assuntos domésticos, nada mais; pela sua beleza, haviam inúmeras tentativas de cortejo vindas de Poseidon e de Apollo, a deusa resistia a essas tentativas, entretanto, quando esses cortejos começaram a assumir posições mais agressivas e o ódio dos deuses aumentava por ela não querer aceitá-los, ela tomou uma providência:
"Zeus, meu irmão e deus supremo, tu que vieste do mesmo ventre que eu e me salvaste do terrível estômago de nosso pai, peço, por favor, que proteja a minha opção. Proteja minha virgindade contra aqueles que ousam tomá-la de mim."
Zeus por sua vez, concordou com o pedido da irmã, mas não compreendia o porquê daquela opção. Athena deveria se manter virgem para administrar assuntos de guerra, Artemis se mantinha virgem pelo acontecimento do nascimento de seu irmão, mas, e Héstia?
Uma das três mais poderosas deusas, por que não gerar descendentes como seus irmãos?
Héstia então explicou o motivo:
"O dia em que minha virgindade for consumida, não mais terei total atenção para os assuntos domésticos. Terei de cuidar da criança para que cresça forte e seja grande deus, e assim, desviaria a atenção de meus pequenos mortais."
Após isso, Héstia manteve sua virgindade; sempre protegida por Zeus e pode sempre zelar por sua tarefa tão querida.
Nunca exigiu cultos voltados a ela ou alguma outra forma de reverência, exigia rituais para a ajuda do lar e sua purificação e aceitava as oferendas quando entregues.
Atributos de Héstia.
Deusa do fogo da lareira e da moradia; apenas o fogo controlado pelo homem, não o selvagem. Protetora dos lares e cidades, representante de pureza.
Como era representada?
Héstia era a irmã mais velha de Zeus (este sendo o mais novo dentre os seis), entretanto, era sempre representada com um enorme manto que lhe cobre desde os pés até o topo da cabeça, apenas com o rosto e mãos à mostra. Pela simplicidade de suas esculturas, não despertou o desejo de exploração de artistas posteriores.
Pouco lembrada, muito admirada.
Após a sua escolha e pedido a Zeus, ele percebeu que a irmã desejava o bem dos mortais e pela sua opção, a deu o dom de ser venerada no local mais importante para cada um dos humanos, o lar.
Assim, ela se tornou deusa dos lares e a representação estável da própria moradia, era a protetora direta de cada lar e das cidades; quando uma cidade nova era fundada, uma chama devia ser acessa em uma fogueira ou algo que se assemelhasse a uma lareira, e a partir daquela chama, a cidade cresceria, com lares, praças, etc.
Entre os deuses, Héstia era admirada por todos por ser deusa específica de uma única ação e ser venerada em toda a Grécia, não havia um único local em que não existisse uma lareira ou pira acessa em sua homenagem. Afrodite desejava que ela perdesse sua virgindade e não desperdiçasse sua beleza com a virgindade, e assim fez com que Apollo e Poseidon a desejassem.
Sua renúncia ao trono do Olimpo.
Héstia era originalmente uma das doze deusas olímpicas, entretanto, quando Dionísio ascendeu ao Olimpo e reclamou por seu trono de direito, os deuses não concordaram que houvesse 13 tronos, isso geraria azar para os próprios deuses; Héstia então decidiu renunciar seu trono para que o jovem deus o assumisse.
Zeus então ordenou que fosse criada uma lareira circular para a sala dos tronos, nesta lareira seria acessa uma chama que representaria a presença da própria deusa nos debates que ocorressem no local.
Héstia em Delfos:
A cidade de Delfos possuía uma pira central que sempre se mantinha acessa, jamais era apagada. Esta pira era a representação da própria deusa na Terra e dela, eram acessas as chamas de lareiras e para outros templos da cidade.
Rituais para a deusa:
Héstia era venerada originalmente em todos os festivais existentes, com o passar dos anos, os festivais se tornaram específicos de outros deuses. Em Roma, suas sacerdotisas eram conhecidas como Vestais e assumiam um voto de castidade e deveriam servir aos desejos da deusa por exatos 30 anos.
Por ela ser aquela que traz a luz, o conforto e o calor para os lares, ela é essencialmente a "alma" de uma casa, aqui estão algumas formas de cultos que eram realizados:
-Para que uma casa se tornasse um lar, a presença de Héstia era solicitada. Quando um casal se unia, a mãe da noiva acendia uma tocha em sua casa e a transportava diante do casal recentemente casado até sua nova casa, para que acendessem a primeira chama em seu lar. Este ato consagrava o novo lar. Portanto, onde quer que um novo casal se aventurasse a estabelecer um novo lar, Héstia vinha com eles com o fogo sagrado, ligando o lar antigo com o novo, talvez simbolizando continuidade e ligação, consciência compartilhada e identidade comum entre as famílias.
-Depois que a criança nascia, acontecia um segundo ritual. Quando a criança tinha cinco dias de vida, era levada ao redor da lareira para simbolizar sua admissão na família. Então se seguia um festivo banquete sagrado. Também acontecia a escolha do nome da criança.
-Cada cidade-estado grega tinha uma lareira comum com um fogo sagrado no edifício principal, onde os convidados se reuniam oficialmente. Cada colônia levava o fogo sagrado de sua cidade natal para acender o fogo da nova cidade.
-Forasteiros precisam pedir permissão da deusa e conseguir o fogo da cidade para poderem viver no novo ambiente.
Héstia nos dias atuais:
Héstia é pouco lembrada nos dias de hoje, entretanto, alguns rituais pagãos a ressuscitaram e a veneram através de oferendas de frutas e como os rituais são feitos em casa para proteção do lar, para quem é possível, é acessa uma fogueira ou uma lareira em oferenda a deusa e complementado com a entrega do banquete.
A mitologia de hoje fica por aqui, e desejo a todos um belo final de semana e que Héstia lhes traga a proteção e o conforto de seu lar!
Escrito por Felipe M.

Tradutor e reta final sobre deuses gregos

Visitantes do Baú, gostaria de avisar que a partir de hoje, o Baú conta com um pequeno tradutor em sua lateral direita superior com a possibilidade de sete novas línguas, como por exemplo, o inglês ou até mesmo russo!
Gostaria também de avisar que a sessão de mitologia sobre divindades gregas está beirando sua reta final contará sobre as seis principais divindades e logo após elas, teremos um final titânico, digno de um desfecho!
Sentem-se em suas poltronas, cadeiras ou até mesmo no chão, pois é hoje que o Baú inicia sua jornada para o conhecimento!
Escrito por Felipe M.

O Baú está sendo aberto em outros países também!!!!!!

Olá a todos os visitantes!!! Gostaria de compartilhar de minha alegria com vocês neste dia tão maravilhoso e magnífico!!!
O Baú das Variedades está sendo aberto, visualizado, xeretado, seja lá qual for a palavra que você escolher, em outros países!!!!
Estava visualizando as configurações do blog e vi alguns dados salvos que ficam salvos a cada vez que uma nova pessoa entra no Baú, aqui estão:
Brasil- 1395
EUA- 54
Canadá- 31
Portugal- 18
Dinamarca- 6
Índia- 5
Alemanha- 2
Itália- 2
Luxemburgo- 2
Reino Unido- 2

Pode parecer algo bem simples, mas é tão gostoso de ver e saber que as pessoas olham o blog, principalmente em saber que ele está sendo visto por outros países!!! Entretanto, estes números não são os números de acessos, e sim o número de pessoas que acessaram, cada um é uma nova pessoa!!!
Ainda tenho a esperança que as pessoas ainda comentem aqui! É tão bom ver que vocês comentam e interajem; eu não mordo!!!!
Enormes abraços!!!
Escrito por Felipe M.

Hefesto, deus desprovido de beleza física

Hefesto ou Hefaísto (para gregos), Vulcano (para romanos) é uma das doze principais divindades do Olimpo.
Hefesto é filho de Zeus e de sua esposa Hera; a deusa se encontrava grávida junto aos acontecimentos da morte de Métis e deu a luz ao filho pouco tempo depois do nascimento de Athena; desta forma, Hera o criou sozinho.
Com o passar do tempo, ela percebeu que o bebê não se tornava belo, ele era de estranha aparência e desprovido de beleza; Hera então, indignada de der dado a luz a tal "monstruosidade", se aproximou das extremidades do Olimpo e atirou seu bebê com brutal força para que morresse na queda ao chão.
Téthis e sua filha Eurínome (ambas titãs dos mares) perceberam a queda de algo vindo do Olimpo em grande velocidade e se aproximaram para poderem avistar o que poderia ser, ao se aproximarem, perceberam que era um bebê; ambas o acolheram e o levaram para viver com elas em uma gruta escondida abaixo do oceano. Algumas lendas contam que com a velocidade e a força de encontro entre o deus e a água, ele quebrou a perna e é descrito muitas vezes como deus manco.
Por nove anos, as titãs cuidaram do bebê, fazendo com que ele crescesse forte e com um alto nível de inteligência; como forma de agradecimento, Hefesto criou para suas salvadoras, centenas de jóias, desde pérolas até diamantes.
Ao completar nove anos, saiu de seu esconderijo e criou uma gigantesca forja abaixo de um vulcão, e nesta forja criou 12 tronos para presentear os deuses do Olimpo; Zeus os aceitou com muita gratidão e haviam 11 deuses para ocupá-los, quando Hera se sentou em seu trono, acionou um mecanismo que fez com que correntes invisíveis a aprisionassem no trono. Vários deuses tentaram libertá-la, nenhum conseguiu, nem mesmo Zeus. Dionísio então resolveu pedir ajuda para Hefesto, sendo que apenas ele poderia desfazer a armadilha.
Então, o deus desceu até a forja de Hefesto e suplicou que liberasse Hera de sua prisão; Hefesto se negou, ela deveria pagar pela audácia com o própiro filho, sem outra opção, Dionísio lhe deu várias jarras de vinho, sendo assim, Hefesto se embebedou e logo caiu em sono profundo. Quando acordou, estava no Olimpo pois Dionísio havia o levado, após a súplica de seu pai, Hefesto tentou descer o Olimpo, mesmo que Zeus ajoelhasse, ele não a livraria do tormento. Apollo então teve a previsão do futuro e consequentemente, do desejo de Hefesto:
"Aquele o qual foi rejeitado pela mãe ao nascer, removido a força do lar sem nem mesmo o consentimento do pai forjou 12 tronos divinos, cada trono será ocupado por uma divindade específica. 11 destes tronos já foram ocupados, mas o deus que os forjou espera que o 12° seja entregue a ele como forma de se redimirem."
Zeus então permitiu que Hefesto vivesse no Olimpo (até o momento, estava impedido) e que se tornasse umas das 12 principais divindades, em troca, ele libertou sua mãe; mas para o ódio da mesma, ele alegou que reinaria como um dos 12 supremos, mas que reinaria da Terra, pois lá, não teria que ver a horrenda beleza de sua mãe, não a externa, mas a interna.
Atributos de Hefesto:
Hefesto é deus da forja, do fogo, das erupções vulcânicas, da metalurgia, protetor dos ferreiros e artesãos em geral.
Como era representado?
Hefesto era sempre representado como um homem de meia-idade, barbado, vestido com uma grande túnica e geralmente próximo a materiais de seu trabalho, a forja ou uma marreta. Apesar de ser conhecido pela sua ausência de beleza, suas estátuas não apresentavam tamanha feiúra, era representado como um simples homem, desprovido de beleza igual a de estátuas de Apollo ou Dionísio (por exemplo).
Hefesto e a relação entre os humanos:
Hefesto era adorado pelos humanos por lhes ceder objetos para uso em suas atividades cotidianas e por lhes ceder o fogo. Possuía contato direto na manufatura de objetos para heróis, criava desde as armas até as armaduras, nenhuma delas eram de poderes divinos, ou seja, eram destrutíveis, entretanto, eram muito mais fortes e resistentes das criadas pelas mãos humanas.
Hefesto e sua importância e relacionamento com os deuses:
Hefesto por ser criador das armas, possuía enorme rivalidade contra Ares, o qual guiava os homens a usar estas armas em batalhas para o derramamento de sangue humano e de nenhum objetivo.
Dionísio era seu melhor amigo divino, possuía contato com ele antes mesmo de ter sido aceito no Olimpo; por isso a confiança de tomar o vinho entregue pelo mesmo.
Zeus, como forma de desculpas por não ter interferido sua expulsão do Olimpo, lhe entregou a mão de Afrodite, a mais bela entre as deusas e que amava Hefesto por sua aparência; entretanto, não era fiél ao marido, o traindo inúmeras vezes com Ares. Hefesto descobriu sobre as traições, mas nenhum dos deuses acreditaram nele, por ambos serem inimigos. Ele criou uma rede invisível para capturar a esposa e o amante quando estivessem deitados em sua cama, Apollo o ajudou demonstrando aos demais deuses sobre os atos de Afrodite. No julgamento de Eros, Hefesto se negava totalmente com o fato de Afrodite continuar com o filho fruto de traição, entretanto, após o apelo desesperado de Ares, não pode negar e fazer com que o pequeno deus sofresse os atos da guerra.
Hefesto criou todos os palácios do Olimpo, os quais serviam de moradia para os deuses. Criou também um palácio para si mesmo, para que quando a Terra estivesse em guerra de comando de Ares, ele vivesse no Olimpo de forma que não presenciasse tais atos; em algumas de suas lendas, seu palácio era protegido por "representações humanas constituídas por metais e criados na forja do deus, desprovidos de sentimentos ou pensamentos", o que hoje, chamamos e conhecemos como robôs.
Criou as armas dos deuses, estas armas eram divinas, indestrutíveis e incapazes de serem manuseadas por humanos. Criou o escudo de Zeus, o qual foi utilizado nas guerras titânicas, assim como seus raios, criou o tridente de Poseidon, as flechas mortais de Apollo, entre vários outros itens.
Hefesto, desprovido de beleza, dotado em inteligência:
Em todas as lendas de Hefesto, é possível presenciar atos de extremo raciocínio e inteligência do deus. Criou uma armadilha para a mãe, e a consequência foi a de se tronar um dos 12 deuses mais influentes e após o convite de seu pai de viver no Olimpo, o recusou dizendo que na Terra não presenciaria a horrenda alma de Hera, a qual era orgulhosa de sua beleza.
Outro exemplo é o fato de demonstrar (junto com Apollo) de que estava sendo traído, expondo Afrodite à humilhação da traição e quando ela renunciou o amor por Ares, Hefesto se divorciou da deusa e se casou com as Graças (deusas da dança, da graça e do amor; seguidoras de Afrodite) de forma que a deusa se arrempedesse de ter perdido seu amor e ter sido trocada por deusas inferiores.
Hefesto nos dias atuais:
Hefesto raramente é lembrado por muitos pagãos, muitas vezes nem mesmo com consciência de sua existência, talvez até mesmo por ele não ter sido altamente reverenciado na antiguidade e por não possuir um culto específico; entretanto, é evocado em algumas práticas de rituais que envolvem a utilização de fogo ou metais vindos da forja, como o atame, punhais ou outros materiais.
Tenham uma ótima Quarta-Feira e que Hefesto lhes de a força do fogo e que os inspire com sua inteligência e poder!
Escrito por Felipe M.

Por que a risada? O umbandista pode ser considerado pagão!

Ah! Plena Terça-Feira, feriadão e eu aqui, acordado em plena meia-noite! O que o medo não nos faz! Para os aventurados, não assistam Silent Hill de noite, sozinho, no escuro, com a geladeira estalando para descongelar, as agulhas de tricô de sua mãe caindo no chão de um lugar onde não teria como cair e para o clímax, relâmpagos e alguns trovões!
Então, aproveitando esta estadia noturna com a cabeça relembrando vários fatos que aconteceram esta semana que passou; me lembro de certa pessoa da família rindo quando eu disse que sou pagão e considerou como uma piada; não tenho raiva, nem remorso, nem nada de ruim contra ela ou quem pensa como ela e está na mesma situação.
Para os umbandistas de plantão que lêem este blog e pensam que é loucura ou algo do gênero o "ser pagão" eu tenho um segredinho para contar a vocês! Ser umbandista pode ser considerado paganismo!
Engraçado, não! Pois é! Em minhas pesquisas eu descobri coisas realmente interessantes sobre o assunto, e com isso, descobri que o umbandismo também é uma forma de paganismo!
Tudo começou ao ouvir uma música específica da banda “Faun” onde eles fazem citações de Yansa, com batidas de tambores, vento e palavras que de início não me pareciam alemãs. Pensei que era só uma coincidência, afinal, não sei alemão e não há tradução da música na internet. Mais tarde, encontrei uma banda inglesa que na música, fazia uma evocação a alguns deuses pagãos, como um exemplo de Apollo, Cernunnos (lê-se Quernunos), Ísis, Cerridwen (lê-se Quériduen); mas ao final, eles fazem uma citação a referentes “Ogun, Oshun e Yemaja”; eu voltei a música e falei para mim mesmo:
“Espera um pouco, ‘Oshun’, já ouvi esse nome, a escrita está diferente; Ogun, é meu pai espiritual e Yemaja, me é familiar”
Desde então, comecei pesquisas e encontrei coisas maravilhosas!
Ogun a quem eles se referem, é o próprio santo Ogum; Oshun é a mesma Oxum e Yemaja, é ninguém mais, ninguém menos que minha mãe Iemanjá! Que estranho, nome de santos em evocações a deuses pagães?
Voltei então para a banda “Faun” e descobri que a música é uma evocação a santa Iansã, santa dos ventos (daí o som de ventania na música) e ela é cantada em africano! Muito interessante, então eu me dei por satisfeito; mas, a cabeça começou a fervilhar e tive que retomar as pesquisas, me aprofundar mais.
Como o nome de santos estaria entre o nome de deuses?
Pesquisei sobre o umbandismo e o que encontrei era apenas o que nós sabemos, sobre as formas de trabalho, as entidades e santidades; mas eu então decidi procurar em inglês, então a busca mudou de rumo.
O que é a globalização, mudando tudo ao nosso redor de forma quase imperceptível e de tamanhos reflexos. As nossas chamadas santidades, não são tão santas assim (se assim posso dizer); na própria África onde estas entidades são veneradas, assim como nos EUA, Inglaterra, Alemanha e vários outros países, estas entidades são deuses, encontrei a referência dos mesmos como santos apenas em países como o Brasil, Argentina e mais um país da América Latina.
Em outros países, principalmente integrantes da Europa, consideram o nosso umbandismo como uma vertente do paganismo.
Agora, vocês podem me perguntar se isso tudo não passa de uma invenção da cabeça de estrangeiros ou até mesmo que eu estou enlouquecendo; entretanto, um simples raciocínio. O hinduísmo está vivo até os dias atuais, é considerado paganismo; assim como o hinduísmo, o umbandismo (mesmo que com suas alterações dos dias de hoje) também está vivo, vamos às comparações:
-Se os nossos santos forem realmente deuses: todo umbandista seria julgado automaticamente como politeísta, cultuando a todos os deuses e não a apenas um “ser supremo”.
-Estes santos/deuses: se assemelham aos deuses pagãos de várias religiões. Cada um possui um poder específico, controlam algum elemento da natureza ou algum ato mais específico do homem. Iansã por exemplo possuiu o controle dos ventos e ventanias, Ogum é o senhor da guerra (assim como Ares para os gregos, por exemplo), Iemanjá é a divindade dos mares e dos seres que nele habitam (alguma semelhança com Poseidon ou sua esposa?)
-A palavra “orixá”, a qual estas entidades recebem o título, significam justamente algo relacionado a divindade ou até mesmo a própria divindade.
Estes três exemplos citados já poderiam classificar para muitos, o umbandismo como paganismo; vale lembrar que o paganismo ainda é associado muito pelas pessoas como sendo pagão todo aquele que não é batizado.

Eu tenho que admitir que isso já virou história da carochinha, sou batizado, tenho fotos da realização e mesmo assim, sou pagão; a questão de batismo não entra como ser pagão ou não, essa foi mais uma prática adotada pela Igreja para que as pessoas se convertessem na nova religião. “Se não for batizado, não passará pelos portões de São Pedro até o paraíso”.
Então, todas as pessoas que morreram antes do cristianismo não foram para um local de “descanso eterno”? Inconsistente esta afirmação de que apenas batizados vão para o “céu”.
O paganismo possui alguns “requerimentos” para que a pessoa ou religião possa ser julgada pagã:
-Muitos ainda consideram como a falta de batismo;
-Toda religião que é politeísta;
-Mesmo que monoteísta, aquela que não possui Deus como ser supremo;
-Não seguem os princípios da Igreja Católica

Aqui no Brasil, muitos umbandistas possuem Deus como ser supremo, entretanto, mesmo entre os politeístas, um deus possuía maior força acima dos outros deuses (seja ele Zeus, Odin, entre outros), mas nem por isso as outras divindades são fracas ou devem ser rebaixadas.
Então, lhes digo; caros amigos umbandistas, vocês também são pagãos!
Para meu tio, que riu quando eu disse ser pagão, ai está explicado o porquê de eu poder afirmar com tanta certeza sobre o que eu sou e no que minha fé se baseia!
Um enorme abraço do Baúzeiro e felicitações de um ótimo feriado para todos!
Escrito por Felipe M.

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