Pan ou Pã (para gregos), Lupércio ou Lupercus (para os romanos) é filho de Hermes com a ninfa Dríope, em algumas versões (nem sempre muito aceitas) é a de que Hermes enquanto pastoreava o rebanho em Driopes veio a se relacionar com a humana de mesmo nome ou até mesmo a ter relações com alguns animais do rebanho; entretanto, Pã era filho de Hermes e de uma ninfa (segundo alguns relatos históricos) o que descarta automaticamente as outras versões; assim como a de ser filho de Zeus.
Pã não é um deus que possui um trono no Olimpo, isso ocorre por ele viver em florestas à procura de diversões e principalmente o sexo com ninfas; e vive principalmente em cavernas ou grutas.
Dados específicos sobre este deus são muito escassos, sendo assim, poucas coisas podem ser ditas sobre ele.
Atributos de Pã:
Pã era deus dos bosques, dos campos, dos pastores e seus rebanhos. Estava principalmente ligado a fertilidade e dos impulsos sexuais masculinos (apenas) sem nenhuma forma de freio ou controle.
Com o tempo, se associou ao Mundo, por controlar a natureza e simbolizar o universo.
Como era representado?
Pã era representado nem como homem, nem como bode. De sua cintura para baixo, possuía pernas e patas de bode, acima da cintura era humano; possuindo um par de chifres e grande parte das vezes representado com barba ou apenas uma barbicha.
Em vasos gregos, Pã era representado principalmente em cortejo com ninfas ou com sua flauta, por ser grande apreciador de música. Os sátiros eram sempre representados em momentos de ereção, entre outras situações que faziam os vasos possuírem grande valor pornográfico em dias atuais.
Nascimento dos sátiros:
Os sátiros são seres com representação iguais as de Pã, que é seu pai. Segundo algumas histórias e livros, os sátiros são descendentes diretos de Pã com as ninfas; quando a criança é do sexo masculino, nasce como sátiro, quando é de sexo feminino, nasce como ninfa.
Sempre representam o impulso sexual do homem.
Pã e seu amor:
Pã, mesmo visando diversões de fundo sexual com ninfas, possuiu um grande amor, a ninfa Syrinx.
Ele sempre tentava conquistar o coração da bela ninfa, entretanto, era sempre incompreendido pela ninfa, a qual sempre fugia do deus pelo fato de ele não ser humano, nem mesmo bode. Em um momento de desespero, Pã pediu as ninfas dos rios (as Náiades) para que usassem suas magias e o transformasse em algo que Syrinx pudesse se apaixonar; as ninfas por sua vez, o trasnformaram em bambu para que ele tentasse conquistar o coração da ninfa.
Ao encontrá-la, Pã recitou palavras de amor para ela, entretanto, apenas um som podia ser ouvido, o som do ar passando pelo bambu. A ninfa desistiu de tentar compreender e partiu para onde Pã não a encontrasse. Ao retornar a sua forma original, o deus ficou maravilhado com o som do ar passando pelo bambu e com pequenos pedaços de tamanhos diferentes, os juntou um próximo ao outro e fez a flauta de Syrinx em homenagem ao seu amor, atualmente, esta flauta é conhecida popularmente como flauta de Pã.
Pã e as derivações de seu nome:
Pã era um deus o qual vivia nas matas e jamais havia subido ao Olimpo, os homens evitavam passar pelas matas durante a noite pelo fato de a Lua estar no céu, e Pã teria enormes paixões pela titã Selene (a própria Lua) e quando eram obrigados a atravessar as matas durante a noite, se sobrecarregavam com um sentimento, uma sensação que era gerada pelo fato do deus poder se vingar ao ser atrapalhado em seus cortejos, esta sensação era o Pânico.
Pan também significa união, seja ela entre povos, pessoas ou qualquer tipo de união formada. Algumas versões dizem que Pã é filho de Penélope, e quando seu marido Ulisses não estava com ela, possuía vários amantes. Quando Ulisses retornou, sua esposa havia dado a luz a uma criança meio humana e meio bode pelo fruto da traição; como Ulisses não tinha como descobrir qual era o verdadeiro pai, chamou a criança de Pan, que nesta situação se referia como "filho de todos".
Outra versão conta que Pã não possuía nome e nunca haviam planejado em dar nome a tal criatura. Após o acorrido com a ninfa Syrinx, Hermes levou seu filho para o Olimpo para demonstrar sua aptidão com a flauta. Por sua destreza com o instrumento, o sátiro conseguiu alegrar a todos os deuses, impressionando até mesmo Apollo (lembrando que ele sempre se julgou superior), Dionísio se encantou com o sátiro e o convidou para que participasse de todas as suas festas e cultos, onde adquiriu a representação de carregar sempre um cacho de uva e por fim, Zeus deu nome ao deus, como Pan, por ter gerado união e alegria de todos os deuses naquele momento.
Pã na Igreja:
A Igreja se encontrava em certo temor pelo fato de precisar substituir a fé das pessoas por um único deus, enquanto eles veneravam centenas de deuses (juntando todas as religiões pagãs, egípcias, nórdicas, gregas, entre várias outras); então, o como fazer que as pessoas temessem um deus que estivesse sempre na hora dos prazeres sexuais mais profundos do homem?
A Igreja então criou a figura do diabo, metade homem, metade cabra; a partir deste instante, houve uma junção entre a figura de Apollo e Pã. A representação "demoníaca" de Pã se mesclava com os atos e feitos de Apollo, desta forma, as pessoas temiam este diabo e aos poucos foram se desprendendo das antigas raízes pagãs.
Pã nos dias atuais:
Pã é novamente venerado nos tempos atuais, em alguns casos, a intensidade de sua representação sexual foi quase que zerada, voltando-se para uma divindade de fertilidade e dos campos.
Assim como em Roma, celebrações são feitas nos dias 15, 16 e 17 de Fevereiro, com oferendas de frutos e bebidas para o deus em troca de fertilidade no ano que está se iniciando.
Algumas pessoas ainda o associam como o diabo e possuem medo do deus.
O surgimento da constelação de Capricórnio:
Esta é uma versão egípcia da história, a qual gera dúvidas em historiadores pelo fato de dificuldade em provar. A história conta que Pã estava as margens do Rio Nilo com outros deuses em uma enorme comemoração de repente, o Titã Típhon (Tifão, ou o gigante Seb para os egípcios) surgiu para ter sua vingança contra os deuses, Pã, sem ter para onde correr ou se esconder, se jogou nas águas do Nilo e pelo medo, se transformou em um animal para poder fugir, entretanto, pelo descontrole de seu medo, a parte superior do corpo adquiriu a forma de bode, enquanto a de baixo se transformou em uma cauda de animal aquática.
Zeus então transformou Pã em constelação pelo fato do deus não conseguir retornar mais para a forma original.
Aqui o Baúzeiro se despede, desejando muita vitalidade e fertilidade, não apenas aos homens, mas a todos que este blog visitam!
Tenham um ótimo feriado prolongado!
Escrito por Felipe M.
6 de setembro de 2010 às 18:45
Muito bom, melhor ainda quando comenta sobre o signo de capricornio que é o meu oposto e alem de ser um versão egipcia, deveria mas escrever sobre signos.
Pesquise! (: